quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O Amor...

... não conhece nem o tempo, nem o espaço
não tem nem definição nem motivo
não se reconhece em conceitos
tão pouco em pré-conceitos
muito menos em preconceitos
não fere nada nem ninguém
não tira ou rouba nada de ninguém
não se manifesta de nenhuma forma específica
nem segue nenhuma linha ou orientação
conhecida nem desconhecida
é simples
é puro
sabe exactamente onde se colocar
como se mostrar
em que olhos ou gota de orvalho brilhar
é simples
é puro
é desprovido de barreiras ou defesas
não usa escudos ou espadas
capacetes ou armaduras
expõe-se naturalmente ao escárnio e ao maldizer
sujeita-se a ser devorado e cuspido com a mesma brutalidade
e mantém-se intacto como que num sorriso de paz profundamente imutável
mas pode ser sentido
na mais pura das essências
 ou na mais refinada fusão de sabores
na mais delicada das sedas
na mais perfeita das melodias
ou na mais perfeita das flores.
Assim ele se oferece a quem o quiser assimilar.

Tudo é Perfeito

Porque tudo é como tem de ser, tudo surge como tem de surgir. Tudo é perfeitamente perfeito: o que acontece, o que surge, exteriormente, interiormente, a reação ao que acontece, ao que surge, o pensamento incessante e tantas vezes incontrolável, a emoção que surge de tudo isso, é perfeito e "não há nada a rejeitar". Apenas há a aceitar, descontraidamente, procurando a cada instante a distância presente que liberta.